quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O ESTERTOR DA FREGUESIA DE MARINHAS



Sei que ainda há muito boa gente convencida que a Freguesia de Marinhas continua a existir como entidade administrativa, até porque a sede de Junta continua aberta, o que leva muitos ao engano e desvirtua aquilo que os partidos do governo apregoavam, da poupança e da gestão de recursos.
Isto porque não se deu o destaque devido à Lei da agregação de freguesias, junto do cidadão comum, que apesar da mesma dizer que não se alteram os seus limites e que quem era natural de Marinhas antes, continuava a ser. Apenas os nascituros após 29 de Setembro de 2013 seriam naturais da União das Freguesias de Esposende, Marinhas e Gandra. Nome pomposo e comprido, próprio da classe burguesa e da monarquia…
Pois bem, os que antes eram naturais de Marinhas ficam apátridas, pois a freguesia de que são naturais já não existe em qualquer documento oficial! Diz lá, taxativamente: extinta freguesia de Marinhas. Alguém já acordou do sono profundo da anestesia que recebeu em 29 de Setembro do ano passado?
Agora, pasma-se que esta semana – levei estes dias a reagir na esperança que alguém do executivo da Junta de Freguesia mandasse de imediato retirar as placas – foram colocadas placas indicativas das localidades.
Dessa forma, a localidade de Marinhas passou a ter início a cerca de 200 metros da capela de S. Sebastião; ao contrário de antes que se iniciava logo à saída da rotunda da Zende, isto quem circula no sentido sul/norte. Atente-se a foto anexa.

Já quem circula no sentido norte/sul, observa no mesmo sítio, mas na faixa contrária, a placa a assinalar o fim da localidade de Marinhas, conforme foto seguinte.
 
 
Esta é uma nova situação. Mas o que é anedótico, é que há a placa indicador do fim da localidade de Marinhas, mas apenas à frente mais de dois quilómetros, junto da casa Rocha Gonçalves, um pouco antes da rotunda da Zenda, surge a placa indicadora de entrada na localidade de Esposende, conforme a fotografia seguinte comprova. 


É razão para perguntar a quem de direito: a que localidade pertencem todos aqueles que moram e têm prédios no espaço compreendido, de norte/sul, entre a placa que indica o fim de Marinhas e a placa que indica o início de Esposende?A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia conseguiram criar a “terra de ninguém”, fazendo com que quem ali viva se tornem apátridas. O mesmo se pergunta para os que moram no sentido sul/norte, pois a placa de fim da localidade Esposende encontra-se logo à saída da rotunda da zende, do lado contrário à que indica a entrada, conforme a foto seguinte.






Perante este espectáculo de incompetência e pouca vergonha que os responsáveis autárquicos nos estão a dar, o que poderemos pensar sobre o interesse que têm na defesa das localidades, ou mesmo em assumirem, sem cobardia, que tudo isto mudou e as freguesias acabaram? Gostava que assumissem as suas responsabilidades. Mas não venham dizer que a culpa foi de algum técnico ou dos funcionários da empresa que colocaram as placas, pois a incompetência e o desleixo da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia é tão grande, que se isto fosse um erro deveriam logo ter mandado retirar as placas, o que ainda não foi feito, hoje às 15 horas, hora a que tirei estas fotografias.
Já agora, também me deixem acrescentar que das novas placas colocadas, a localidade de Esposende tem o seu início, quem vem do sentido nascente/poente, na variante de saída da A28, junto da fábrica Solidal, conforme se vê na fotografia.


No sentido contrário a esta está a placa do fim da localidade de Esposende, conforme a fotografia.

 
Mas para a incompetência ser devidamente reforçada, na Estrada Nacional 13, no sentido sul/norte, logo a seguir à Panizende e antes de chegar ao MercAtlas, eis que se encontra a placa a indicar o fim da localidade de Gandra, conforme a foto indica.



Como é possível tanto desleixo? Eu sei não há tempo para ver estas coisas, pois a organização de festas, passeios, viagens, procissões e posar para a fotografia está em primeiro lugar.
São opções que foram sufragadas há pouco mais de um ano. Contra isso, nada a dizer, o povo manda quando escolhe. Mas não sei se era para isto?